Quando eu cheguei por aqui...
Cheguei em NY... o avião pousou e todos se levantaram apressados, fomos andando e andando e eu ia observando pela janela os aviões de todos os cantos do mundo. Me chamou muita atenção um avião da Índia que era todo decorado em laranja, era muito bonito mesmo.
Continuamos andando e quando vi estávamos todos em uma fila. E eu estava tentando entender as propagandas no corredor... Do nada passam pela gente alguns policiais com uns cachorros muito bravos, e eles gritavam para a gente, em fila, em fila. Mas nós todos já estávamos em fila. Do nada explode uma bombinha no final do corredor e o cão sai correndo, abocanha a bomba e volta. Eu estava um tanto assustada, mas ok. Aí os guardas viram pra gente e falam isso foi só um teste. Podem continuar. Tudo muuito estranho nessa terra do Tio San... Continuamos e eu peguei a fila dos estrangeiros. Só aí me lembrei que teria que passar pela MIGRA.
Aí já estava com o coração na boca, mas continuei andando. Avistava os guichês mas não sabia muito o que fazer. Chegou a minha vez e eu me aproximei do balcão. Atrás dele tinha um fulano jovem e bonito, de uniforme preto do FBI, e ele pegou o meu passaporte, e começou a me fazer perguntas e eu comecei a responder. Só no meio que me dei contar que estávamos falando em inglês....hehhehe, foi tudo meio estranho e ele parecia não estar acreditando muito na minha história.
Ele – onde você vai ficar?
Eu – na casa de um amigo. – e mostrei o endereço.
Ele – e quanto tempo você pretende ficar?
Eu – uns três meses.
Ele – hum... e quanto dinheiro você tem?
Eu – 700 dólares.
Ele - e você pretende ficar três meses aqui com 700 dólares?
Eu- Não (dãhhhh) eu tenho cartões de crédito também.
Ele – hum, ta. E você pode me mostrar a sua passagem de volta?
Nessa hora me deu um frio na barriga cavalar, eu não sabia muito o que responder. Minha vida passou todinha em frente aos meus olhos. Eu só disse a verdade mas e aí????
Eu – eu tenho passagem, mas eu comprei pela internet, e esqueci de imprimir, mas está marcada para o dia 17 de dezembro.
Ele ficou me olhando, folheando o meu passaporte. Aí ele virou pra mim e perguntou:
- Você pretende morar aqui?
Quase tive uma sincope, mas me controlei e com a maior cara de indignação respondi:
- Claro que não, eu só vim tirar uns meses de férias antes da universidade. E comecei a listar um monte de lugares que eu tinha “me programado” pra visitar. Menphis, NY, San Francisco, Seattle, Boston, Orlando... ehhehehe, e assim vai.
Aí ele ficou um tempo olhando pra minha cara, carimbou o meu passaporte e me mando colocar os dedos naquelas maquinas de tirar impressão digital. Me devolveu o passaporte, deu um sorriso e disse:
- Bom viagem!...
ilustrativo apenas, eu sei que essa foto é da Inglaterra......
Sai de lá mais rápido que tudo nessa vida e fiquei observando o saguão do aeroporto. Nem eu estava acreditando que eu estava nos Estados Unidos, e ainda mais, já depois da Migra. Agora já não tinha volta.
Fui andando até a esteira das malas e fiquei lá um tempão esperando a minha pequena mala aparecer. Quando ela veio, juntei todas as minhas forças e dei um puxão! Elas caiu no chão e eu sai arrastando rumo a porta.
Atravessei o portão e fiquei ali procurando um rosto que eu não conhecia, mas que devia estar ali esperando por mim. Uns segundos depois vi que ninguém caminhava até mim e me deu um certo desespero. Todo mundo se encontrando ali, um monte de abraços e eu ali sozinha, num pais estranho, com uma língua estranha e eu só pensava FUDEU e eu não posso me desesperar. Tudo vai dar certo, seja lá o que isso quer dizer.
Atravessei o portão e fiquei ali procurando um rosto que eu não conhecia, mas que devia estar ali esperando por mim. Uns segundos depois vi que ninguém caminhava até mim e me deu um certo desespero. Todo mundo se encontrando ali, um monte de abraços e eu ali sozinha, num pais estranho, com uma língua estranha e eu só pensava FUDEU e eu não posso me desesperar. Tudo vai dar certo, seja lá o que isso quer dizer.
Aí começou um outro momento muuuuito estranho da minha chegada. Todos os homens negros que passavam por mim eu ficava encarando com uma cara de OI, você estava me procurando e eu estou aqui!!! Mas nenhum deles correspondia ao meu olhar. Eu fiquei ali zanzando sem saber muito o que fazer, olhando as pessoas. Andei, andei, andei e resolvi fumar um cigarro, afinal, muito pior não podia ficar... Fui até lá fora e fazia um dia bonito, um solão que ia se pondo, deviam ser umas cinco e tanto da tarde. Acendi o cigarro e fiquei ali pensando em não sei o que exatamente. Como ligar a cobrar para o Brasil? Quanto valiam aquelas moedinhas que estavam no meu bolso? E se esse tal de Lamini não vier me pegar? Será que eu dou conta de ir sozinha pra Boston? O que eu faço, o que eu faço, o que eu faço?
-Oi, tudo bem? – Me perguntou um negão meio gorducho que estava apoiado em uma placa de taxi.
- Tudo, e você?
- Tudo bem, você quer um taxi?
- Não, tudo bem estou esperando um amigo que vem me buscar.
- E ele vai te encontrar aqui?
- Não, na verdade eu não sei. Nem conheço ele.
- Nossa, e como assim?
- Ah eu precisava vir e ele é amigo da minha tia e vem me buscar.
- Ahhh ta, e você tem namorado???? (tava demorando, homens...todos iguais no mundo todo ¬¬)
- Não.
- Nããããão, como assim?
- Assim, não tenho. Entendeu?
- Entendi...
- Ah você sabe onde tem um telefone?
- Sim, ali ó.--------->
- Ok, tanks...
Entrei de novo no saguão e caminhei até o telefone. Fiquei ali olhando pra ele e ele olhando pra mim. Eu não tinha a MÍNIMA IDÉIA de como se fazia uma ligação a cobrar para o Brasil, e só de olhar ele não queria me ajudar.hehehe... Saí andando, perguntei para dois caras se eles eram o Lamini, e não... Já tava quase certa de que tava no sal, quando eu ouvi um grupo de brasileiros conversando. Pedi ajuda e ele me emprestaram o celular para eu ligar pra o Lamini e sabe o que ele me respondeu???
Lamini – Mas eu estou aqui a horas, no portão A4.
E eu sai que nem uma doida procurando o portão A4 e nada de porra de portão A4 nenhum... Já queria mandar ele tomar naquele lugar. Aquele povo me viu perdida ali de novo e o cara, que devia ser o pai da família, veio até mim e me pediu o número do Lamini de novo. Ele ligou e deu um esbregue nele e mandou ele me encontrar na frente da banca de revistas no desembarque. Agradeci muito a ele e fiquei ali esperando........esperando.........esperando..... Aí o Lamini apareceu dizendo que o aeroporto estava todo mudado e que ele tinha ficado me esperando no embarque por engano....
Maravilha não, e eu quase tive um treco por engano..... ¬¬ Agora já mais calma fomos embora pegar o ônibus...
Quem não comentar não ganha presente, e tenho dito!
10/25/2009 08:34:00 PM
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2 comentários:
Nêga, vou divulgar seu blog acho que vai ser interessante dividir essa experiência fora do país mesmo que por pouco tempo(apesar de vc sentir como se fosse muito.
Adorei! Você escreve bem viu?
bjosssssss
eu quero presenteeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!
vale esse comentário??
hehehehehehe
a propósito, gostei do post.. aninha e suas aventuras hilárias nos states!
mais tarde nos falamos no msn!
bjão anoca
obs.: esse post não deveria ser o primeiro do blog??
lulu
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