Nos EUA

POSTAGEM REFERENTE AO DIA  26/08

Cheguei em NY e os pseudo problemas começaram =/ ... Logo que eu sai do avião eu pensei FUDEU, agora la vou eu penar na porra da imigração. Entrei na fila, o cara me chamou e andei até la e entreguei o passaporte, ele pergunto a onde eu ia ficar, respondi. Perguntou quanto dinheiro eu tinha em mãos, eu respondi e ele: se vai viver quatro meses nos EUA com 700 dolares? Dãããã, óbvio que não, ele não conhece um negocio chamado banco. Mas quando ele perguntou se eu tinha passagem de volta eu gelei, que PUTA CAGADA, eu tenho a passagem de volta, mas eu não tinha  o bilhete. Ele olhou bem pra mim e perguntou: você pretende morar nos EUA? No hora, super sem graça respondi que não. Ele ficou olhando o passaporte por uns tempos e depois me deixou ir. UFA, depois dessa todo o resto é peixe pequeno. No aeroporto ainda, depois de pegar a mala e sair para o saguão eu não econtrava o amigo que vinha me buscar, o Lamine. Depois de uma hora eu falei: FUDEU, to sozinha num pais desconhecido, e agora eu vou ficar aqui pra sempre. Que que eu faço? Nem o telefone eu sabia usar. Quem me salvou foi um grupo de brasileiros.  Meu amigo lock tava me esperando no portão de embarque, porra no embarque? Como eu podia advinhar?!....

Ok, passado o susto fomos direto para NY, em uma travessa da 46, fomos jantar em um restaurante brasilieiro, onde a garçonete, Françoise, é uma suiça que fala perfeitamente o portugues. Ficamos la durante várias horas tomando chopp stella e comendo frango a passarinho... bem brasileiro, hahahaha. Tomamos um super porre, nem sei como chegamos em casa.




Françoise, Lamine e eu na balada.








Os gringos se matam de tomar PITU e acham que tão abafando... hahahaha, eu me divirto







A casa 1: A casa do Lamine, ou Baba para os intimos, é um VERDADEIRO CAOS, sabe aqueles apartamentos de filme junk,  uma coisa completamente Christiane F. Porém não havia drogas pesadas. Tudo revirado, tudo imundo, um mundo coisas espalhadas e um cheiro fortíssimo de sei lá o que. Como disse a minha mãe, da uma vontade louca de sair arrumando e limpando, hahahha.  Mas o bairro, o Bronx é um barato, e eu fui suuuuuuuper bem recebida pelo Lamine. No bairro todos falam espanhol e outras linguas, mas pouca gente fala ingles. 

No dia seguinte foi tudo meio trash eu fiquei com medo de ir pra Boston, fiquei insegura quanto a minha family poder me receber e tals, pensei em desistir, me senti um lixo, achei que tudo ia dar errado, mas resolvi que tinha de ir. O único lugar em NY que eu caminhei sem ser oBronx foi China Town. Passei por lá correndo, com minha super big mala, pelo meio daquele monte de camelôs e lojinhas de tudo quanto é coisa. Fomos lá pois o China Bus é muito mais barato do que o de linha. Meu ônibus estava cheio de chineses, óbvio, mas também tinham alguns indianos e etc. O motorista era muito engraçado, ele ficou as quatro horas de viajem no telefone e como FALAVA ALTO...hahahaha. Cheguei na South Station, em Boston,  e resolvi comer alguma coisa, afinal não sabia o que esperar da Linda (my american family). Sem nenhuma opção fui ao McDonalds e pedi um BigMac. Hahahaha, e eu que achei que ia conseguir viver aqui sem essas coias... Tinha grandes planos de voltar pra casa e contar: Eu morei nos EUA e não comi no Mc! Mas nem rolou...hahaha

Bom quando eu encontrei com a Linda grande parte dos meus medos se acalmaram. Ela é super querida, e super solícita, fala mais que os cotovelos e quer saber de tudo. Ela fala super rápido e, definitivamente, não da pra entender tudo, mas ok. Su filha, Ruby, não está em casa, e eu ainda não a conheci, mas parece ser uma menina especial. A casa é uma graça. (foto de fora da casa)
Tudo suuuuper zeeem,  muitas, muitas coisas, mas tudo um tanto arrumado. Meu quarto é bem legal, com uma super cama de casal. Pontos ruins: não tem exatamente uma porta, apenas uma cortina   , mas e daí, privacidade pra que mesmo??? (O.O), dois: o quarto é entulhado de coisas da casa, acho que aqui era tipo um escritório. Mas ok, com o tempo vou me arrumando. Ao menos tenho cama, guarda roupa e mesa!

3º dia:

Quase não durmi essa noite, foi bem dificil, estava muuuuuuuuuito insegura com tudo e com todos, tinha de fazer a prova em Harvard hoje e não tinha dispertador. Depois de lutar bravamente eu me levantei por volta das oito da manha e resolvi desfazer a mala, comer alguma guloseima que já tivesse na casa, tomar um banho e.... Me bateu um desepero tremendo, me deu uma super vontade de largar tudo e ir pra casa. Me senti a criatura mais infeliz e inferior do planeta, fiquei um tempão olhando para o teto e pensando: MEU MANO, QUE QUE EU FIZ? COMO SAIO DESSA AGORA. Falei com minha mãe no skype por um tempo, chorei sozinha um tempão, lavei o rosto, coloquei uma roupa muito gata e fui pra rua. O caminho até o ponto de onibus foi tranquilo, a Linda desenhou um bom mapa. La no ponto minha auto-confiança foi pelos ares de novo, e eu sei o porque: o ônibus não chegava nunca, pensei muitas vezes em jogar tudo pro ar e voltar correndo pra casa. Mas eu sabia que isso significaria arruinar o meu semestre e eu fui ficando, ficando e ficando, depois de sei la quanto tempo eu entrei no primeiro onibus que passou. Foi rapido até o metro, e de la pra Harvard então foi um pulo. Na universidade também foi facil achar o prédio, Minha auto-confiança voltou, muitas pequenas coisas deram certo nesse meio tempo, percebi que nem tudo estava perdido e que eu conseguiria.
Fiquei um tempão vagando ali na frente do predio, afinal eu cheguei la mais de três horas antes da prova. Fiquei curtindo o calor e as pessoas que passavam por ali, a fonte







Em certo momento cruzei a universidade toda de novo e resolvi ligar pra casa. Não é justo ligar só quando a gente ta se sentindo mal, e agora que eu estava bem eles tinha de saber.

Sobre a prova:  Foi de longe a prova de ingles mais dificil que eu já fiz, mas até que foi. Sai quebrada, parecia que eu tinha corrido uma maratona, mas saí feliz como quem venceu a maratona. (não é, velho pai?!)




Eu, linda e loira em Harvard....hahaha, ninguem me segura!!!




Resolvi voltar pra casa enquanto havia luz, já que o caminho de volta eu nunca tinha feito. Já cancei de escrever... A volta foi super tranquila, não me perdi...hehehe e conclui que a porra do onibus que quase me deixou louca hoje cedo é demorado mesmo e pronto.



Minha rua

Minha casa



Aliás, conclui muitas coisas: Os ditos “americanos” são super gente boa, super solicitos e tem uma puta paciencia para entender o meu ingles mega blaster macarronico. Harvard é linda de morrer, parece cenário de cinema. Tem muuuuuuuitos brasileiros em Boston, muitas lojas de brasileiros etc. Comer bem aqui não é tarefa facil, pois tudo de guloso e podre é barato e a comida saldavel se esconde. Alias, se alguem achar me avisa, pq eu to procurando e dou até recompensa!!! Por hoje acho que é isso, ficam aí mais umas fotos do bairro onde eu moro. ( para os curiosos: Somerville, Boston MA – procura no google maps) hahahhaha


Beijocas
E fui

2 comentários:

Unknown disse...

Ana,

acabei de abrir o seu blog. Acho que é assim que chama.
Gostoso ler sua nova e diferente experiência.
Vou continuar acompanhando os acontecimentos .
beijos
tia Kika

Anônimo disse...

Anoca, tudo bem???

Acabo de ler suas aventuras na terra do tio Sam... Olha, acho que a experiência de vida que tudo isso te trará não tem o que pague! Boa sorte, sempre, por aí. Aproveite intensamente cada detalhe! Claro, juízo!!!risos... Mas, fiquei muito feliz de saber que as coisas estão dando certo, com alguma dificuldadezinhas para dar graça!!!

Beijos.

"Tio" Nando

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